terça-feira, setembro 02, 2014

NIETZSCH PARA ESTRESSADOS DE ALLAN PERCY - PARTE 20 E 21



20 – O homem é, antes de tudo, um animal que julga
Cada opinião que manifestamos – para não falar dos preconceitos – é um filtro que colocamos entre nós e a realidade. Os budistas praticam a meditação para limpar a mente e a visão que têm da vida. Eis um exercício clássico de iniciação:
1. Sente-se sobre uma almofada grande e firme, com a coluna ereta, se possível em posição de lótus ou meio lótus. As pessoas com problemas de flexibilidade podem usar uma cadeira com espaldar reto.
2. Deixe cair as pálpebras – mas não feche totalmente os olhos – e coloque as mãos no colo, de forma que os polegares se toquem, ou então pouse as palmas das mãos suavemente sobre os joelhos.
3. Concentre sua atenção nas narinas, por onde o ar deve entrar e sair bem lentamente. Se achar difícil, conte o número de inspirações até chegar a 100. Se perder a conta, volte ao começo. Quando for capaz de meditar por 15 minutos sem perder a concentração, não precisará mais contar.
4. O objetivo da meditação é esvaziar a mente. Sempre que aparecer um pensamento, imagine que se trata de uma nuvem na qual você põe uma etiqueta com a palavra “pensamento” e deixa passar sem fazer julgamentos. Os pensamentos não são bons nem maus: são nuvens que passam.

21 – A melhor arma contra o inimigo é outro inimigo
Uma guerra não é travada apenas nos campos de batalha tradicionais, em que tropas tentam aniquilar umas às outras. Graças à gana de poder de que falava Nietzsche, a luta acontece em qualquer área em que os seres humanos disputem influência.
Existem disputas pelo poder em qualquer grupo de trabalho e até mesmo em um casal, quando os dois membros usam suas armas para conseguir o papel central.
Nós, seres humanos, somos animais territoriais e estamos o tempo todo tentando aumentar nossos domínios, inclusive o emocional.
Como nem sempre encontramos um inimigo para opor ao inimigo que está nos assediando, às vezes precisamos recorrer a outras estratégias. O tratado mais antigo para qualquer tipo de luta nesses casos é A arte da guerra, de Sun Tzu, que chega à seguinte conclusão:
Se conhecer seu inimigo e a si mesmo, ainda que você enfrente 100 batalhas, nunca sairá derrotado. Se não conhecer seu inimigo, mas conhecer a si mesmo, suas chances de perder ou ganhar serão as mesmas. Se não conhecer o inimigo nem a si mesmo, pode ter certeza de que perderá todas as batalhas.

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