segunda-feira, janeiro 30, 2012

- INCENTIVE SEU FILHO A TER AMOR PELOS LIVROS


Leitura desde cedo: incentive seu filho a ter amor pelos livros
"Foi assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo; em pé, fazia parede, deitado, fazia degrau de escada; inclinado, encostava em um outro e fazia telhado. E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro pra brincar de morar em livro." O relato é de Lygia Bojunga. Quando criança, ela fazia do livro um brinquedo. Já adulta, transformou-se em uma das principais escritoras brasileiras de livros infantis. A história de Lygia ilustra e comprova a teoria de que o contato com os livros desde cedo é importante para incentivar o gosto pela literatura.
Os benefícios da leitura são amplamente conhecidos. Quem lê adquire cultura, passa a escrever melhor, tem mais senso crítico, amplia o vocabulário e tem melhor desempenho escolar, dentre muitas outras vantagens. Por isso, é importante ler e ter contato com obras literárias desde os primeiros meses de vida. Mas como fazer com que crianças em fase de alfabetização se interessem pelos livros? É verdade que, em meio a brinquedos cada vez mais lúdicos e cheios de recursos tecnológicos, essa não é uma tarefa fácil. Mas pequenas ações podem fazer a diferença.
"O comportamento da família influencia diretamente os hábitos da criança. Se os pais leem muito, a tendência natural é que a criança também adquira o gosto pelos livros", afirma Rosane Lunardelli, doutora em Estudos da Linguagem e professora Universidade Estadual de Londrina (UEL). A família tem o papel, portanto de mostrar para a criança que a leitura é uma atividade prazerosa, e não apenas uma obrigação, algo que deve ser feito porque foi pedido na escola, por exemplo. "As crianças precisam ser encantadas pela leitura", diz Lucinea Rezende, doutora em Educação e também professora da UEL.
Para seduzir pela leitura, há diversas atividades que os pais e outros familiares podem colocar em prática com a criança e, assim, fazer do ato de ler um momento divertido. No período da alfabetização - antes dela e um pouco depois também -, especialistas sugerem que se misture a leitura com brincadeira, fazendo, por exemplo, representações da história lida, incentivando a criança a criar os próprios livros e pedindo que a criança ilustre uma história. "Para encantar as crianças pequenas, é essencial brincar com o livro", recomenda Maria Afonsina Matos, coordenadora do Centro de Estudos da Leitura da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Maria Afonsina também dá uma dica: nunca reclame dos preços dos livros diante do seu filho. "O livro precisa ser valorizado", diz ela.
Fonte:Educar para Crescer

segunda-feira, janeiro 23, 2012

TEM CONCURSO CULTURAL, ESTOU PARTICIPANDO COM ESSE BEBÊ COELHO

NO BLOG BAÚ DE LETRAS TEM CONCURSO CULTURAL, ESTOU PARTICIPANDO COM ESSE BEBÊ COELHO.  PASSA LÁ E VOTE. BEIJOSSS

LINK DO BLOG http://www.baudeletras.com/

sábado, janeiro 21, 2012

ALICE E FLORA MARIÁ - MINHAS SOBRINHAS


"Nossa inteligência se manifesta na comida que preparamos, na maneira como educamos nossos filhos, até em como mantemos a casa em ordem mesmo trabalhando fora", explica a psicóloga Adriana Veronese. Cada um nasce com uma combinação específica de talentos, que podemos exercitar ou não.

Descubra os 9 tipos de inteligência que existem

Lógico-matemática
O que é? Capacidade de trabalhar com símbolos abstratos, como números e formas geométricas. Trata-se da principal base para os testes de QI, por isso, muitas pessoas dizem que gênio é quem sabe fazer complicadas contas de cabeça.
Quem se dá bem? Cientistas, contadores, advogados, matemáticos e programadores de computador.
Linguística
O que é? Ter o domínio da linguagem, seja ela falada ou escrita, e do significado das palavras. Quem tem esse tipo de inteligência se comunica muito bem.
Quem se dá bem? Poetas, oradores, jornalistas, escritores, novelistas, comediantes e diretores de teatro.


Musical
O que é? Habilidade para escutar, diferenciar e executar padrões musicais, seja compondo uma música, cantando ou tocando algum instrumento. É comum percebermos isso quando alguém toca "de ouvido", mas essa não é a única forma de demonstrar esse tipo de inteligência.
Quem se dá bem? Músicos, cantores, maestros e compositores.
Espacial
O que é? Facilidade de compreender o mundo visual, permitindo criar coisas que não existem, como prédios, objetos, desenhos ou obras de arte, por exemplo.
Quem se dá bem? Arquitetos, escultores, engenheiros, cirurgiões plásticos, fotógrafos e desenhistas.
Corporal-cinestésica
O que é? Capacidade de usar o corpo num esporte ou para expressar emoção.
Quem se dá bem? Atores, atletas, mímicos, dançarinos, artistas de circo.
Intrapessoal
O que é? Habilidade de conhecer a si próprio aliada a uma grande capacidade de intuição (o famoso "sexto sentido").
Quem se dá bem? Filósofos, psicólogos e conselheiros espirituais.
Interpessoal
O que é? Facilidade de entender as intenções, motivações e desejos dos outros, além de atuar em grupo.
Quem se dá bem? Políticos, professores e líderes religiosos.
Naturalista
O que é? Extrema sensibilidade para compreender e organizar de maneira harmônica vários objetos, fenômenos e padrões da natureza.
Quem se dá bem? Jardineiros, arquitetos e paisagistas.


Existencial
O que é? Essa inteligência ainda está sob investigação dos especialistas. Na teoria, ela abrange a capacidade de uma pessoa refletir e ponderar sobre questões fundamentais da existência humana.
Quem se daria bem? Líderes espirituais e pensadores filosóficos.


Deixe o cérebro do seu filho afiado

Veja como estimular as inteligências de seu filho para que ele se torne um adulto muito mais feliz e criativo.
Ofereça a seus filhos a oportunidade de...
· Contar histórias
· Desenhar e pintar
· Cantar e ouvir música
· Dançar
· Jogar bola ou nadar
· Ler (vale tudo! Gibis, rótulos de embalagem, e livros, claro)
· Brincar com bloquinhos de montar de vários tamanhos
· Aprender a negociar
· Escrever (por e-mail, à mão, com letra de forma ou não)
· Ajudar a preparar uma refeição (com a supervisão de um adulto)
· Ganhar e administrar a mesada
· Consolar alguém que está triste
· Oferecer os cuidados básicos a um bichinho de estimação

terça-feira, janeiro 17, 2012

O CONTADOR DE HISTÓRIAS






O contador de histórias é uma figura ancestral, presente no
imaginário de inúmeras gerações ao longo da História. Em um
 universo desprovido de recursos midiáticos, este ser era
 imprescindível para a formação dos futuros adultos, conferindo
 às crianças, através
das narrativas de histórias, ‘causos’, mitos, lendas, entre outras, 
uma imagem menos apavorante de uma realidade então povoada 
pelo desconhecido.
Ao mesmo tempo em que amenizava os medos e uma existência 
muitas vezes desfavorável, o narrador ajudava as pessoas a
entenderem melhor o que se passava a sua volta, a enfrentar 
os dilemas e confrontos de natureza social e individual, extraindo 
das experiências o aprendizado mais profundo.
Normalmente o contador está muito presente na Era Medieval, 
nos castelos tantas vezes sombrios, nas moradas mais remotas,
nos povoados disseminados pelas áreas rurais, com o objetivo de
 compartilhar suas vivências e gerar em torno do grupo magnetizado
por suas histórias uma proteção gerada pelo próprio encanto do 
momento e pela força do coletivo.
 As narrativas eram tecidas pela 
voz mágica do contador, ao redor de fogueiras ou lareiras que 
contribuíam para criar uma atmosfera de intensa magia.
Mas o narrador oral é ainda mais antigo, remontando historicamente 
à Antiguidade greco-romana, na figura dos bardos, responsáveis
pela transmissão de histórias, lendas e poemas orais na
forma de canções.
 Quanto mais desconhecido era o mundo em que se vivia,
maior necessidade se tinha de povoar este universo com imagens
que pudessem, ao mesmo tempo, educar e fortalecer a coragem,
 predispondo as pessoas a enfrentarem os monstros,  e 
dragões que habitavam suas mentes.

sábado, janeiro 14, 2012

"FAZ DE CONTA" BRINQUE COM SEU FILHO


Brinque com seu filho de "faz de conta"

Aproveite as férias para brincar com o seu pequeno de "faz de conta". Esta simples brincadeira ajuda a criança a desenvolver a coordenação motora, enriquecer a linguagem e estimular o pensamento abstrato

Pub
Rita Trevisan
Menina brincando com a mãe
Entrar no mundo da fantasia é também uma oportunidade para os pequenos de se colocarem em situações que eles ainda não conseguem compreender
Foto: Getty Images
Em uma única tarde, seu filho é capaz de ser um super-herói, o melhor jogador do mundo e o explorador incansável de cenários além da imaginação. A menina, por sua vez, transita com naturalidade tanto pelo papel de princesa quanto pela imitação de uma mamãe dedicada, dando de comer à boneca e trocando a fralda. No instante seguinte, nada impede que eles se transformem em leões ferozes ou astronautas... Afinal, o mundo da imaginação não tem limites.
O faz de conta é uma grande prova de inteligência. "Esses jogos, que começam como imitações despretensiosas, desencadeiam processos psíquicos cada vez mais complexos, que envolvem a observação de uma situação (real ou fictícia), sua análise e a capacidade de sintetizar e extrair significados do que está vivendo direta ou indiretamente. Só depois de todo esse trabalho mental, a criança reproduz nas brincadeiras o mundo imaginado", explica a pedagoga Maria Ângela Barbato Carneiro, de São Paulo.
Em outras palavras, por trás de uma diversão que parece simples, há uma série de atividades intelectuais conjugadas. Afinal, para representar um papel, seu filho primeiro precisa formar imagens mentais dotadas de significado e, em seguida, imaginar gestos e frases capazes de representá-las. "Assim, para brincar de mamãe e filhinha, a garota tem que observar o comportamento dos adultos e, depois, reproduzir o que foi capaz de internalizar, acessando a memória para isso. Na realidade, ela vai imitar um modelo que, no momento da brincadeira, estará ausente, o que é uma característica do pensamento abstrato ou simbólico", completa a psicóloga Vera Barros de Oliveira.

Imaginação a mil

Com frequência, entrar no mundo da fantasia é também uma oportunidade para os pequenos de se colocarem em situações que eles ainda não conseguem compreender muito bem. "Ali, no mundo do faz de conta, a criança tenta reproduzir, a seu modo, tudo o que está à sua volta, atribuindo um sentido à realidade", explica Vera.
Brincar é também uma ótima maneira de perceber a si e ao outro e uma oportunidade valiosa de passar a entender as diversas possibilidades de interação com outras pessoas e com o ambiente. "Por isso, dizemos que a criança representa os papéis sociais antes de se socializar de fato. É como se fizesse um treino sozinha, enquanto brinca, para depois testar as habilidades no grupo", completa a psicóloga.

Participação discreta

Não precisa muito para seu filho exercitar todo esse progresso. Com espaço para se movimentar, brinquedos apropriados à fase e liberdade para explorar alguns materiais de uso doméstico, como utensílios de cozinha e objetos decorativos, ele faz a festa. Facilmente, a tampa da panela vira um volante de carro e a vassoura se transforma em cavalinho. "Quem faz do objeto um brinquedo é a criança. Portanto, não precisa oferecer a ela uma coleção de brinquedos sofisticados. Em geral, bolas pequenas, bonecas, carrinhos que permitam carregar objetos, brinquedos de arrastar e puxar, peças grandes de encaixe, fantasias e fantoches garantem a diversão ao mesmo tempo que, por sua neutralidade, permitem criar e representar diferentes situações", explica Maria Ângela.
De vez em quando, os pais podem dar uma força, propondo um teatrinho, uma dança ou umasessão de contação de histórias.&nBsp;Só é preciso cuidado para não dirigir a brincadeira o tempo inteiro dizendo como o pequeno deve manipular os brinquedos ou sugerindo situações que ele possa representar. "A criança precisa de tempo e de liberdade para brincar sozinha e fazer suas descobertas. Os pais só devem intervir quando forem solicitados ou para promover desafios que ajudem o filho a avançar nas explorações", aconselha a pedagoga.

sexta-feira, janeiro 06, 2012

CADA ALUNO DOARÁ UM GIBI !!! MUITOS GIBIS PARA NOSSA BIBLIOTECA EM 2012!


 


















A importância da imagem


Neste quadrinho, a imagem tem um peso grande, pois, se retirássemos as falas, grande parte dele seria compreendida. A situação está visível no contraste entre a expressão facial dos pais (surpresa e tristeza) e a do filho (feliz). É preciso explorar todos os elementos presentes no cenário, como cores e disposição dos móveis. A sala em tons pastéis e a presença de poucos móveis passam uma ideia de organização, e isso reforça a sujeira feita pela criança com tinta cor-de-rosa. Está a cargo do texto escrito mostrar o equívoco do filho, ao pensar que a mãe estava chorando de alegria.
Outro fator importante é o contexto. Principalmente nas histórias produzidas para adolescentes, como as de super-heróis, estão presentes inúmeras referências atuais e históricas à cultura pop, guerras, personagens políticos e sociais.

 Os Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (RCNEI), e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) já os contemplam e destacam sua importância ao sugerir o trabalho com diversas mídias em sala de aula. Em 2007, dez anos depois da criação do Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE), as histórias em quadrinhos (HQs) finalmente foram incluídas nos acervos distribuídos à bibliotecas escolares. As HQs já representam 4,2% dos 540 títulos listados pelo programa.(Claro que só em algumas Bibliotecas).
Entre os motivos para utilizar os quadrinhos na escola, estão a atração dos estudantes por esse tipo de leitura, a conjunção de palavras e imagens, que representa uma forma mais eficiente de ensino, o alto nível de informação deles, o enriquecimento da comunicação pelas histórias em quadrinhos, o auxílio no desenvolvimento do hábito de leitura e a ampliação do vocabulário. O que se vê cada vez mais é a formalização  desse gênero textual na sala de aula, mas muitos professores ainda têm dúvidas sobre como utilizá-lo. Que aspectos devem ser explorados? Os quadrinhos podem ser utilizados em qualquer disciplina? HQs, tirinhas, charges e cartuns devem ser trabalhados da mesma forma?
Vou tentar responder a algumas dessas dúvidas e dar sugestões para atividades relacionadas com qualquer disciplina, em especial com o ensino de língua portuguesa, do qual posso falar com mais propriedade. 

Os quadrinhos

As histórias em quadrinhos, charges, cartuns e tirinhas são textos multimodais, ou seja, trazem, além da linguagem alfabética, imagens, disposição gráfica na página, cores, figuras geométricas e outros elementos que se integram na aprendizagem. Antes de desenvolver atividades de qualquer disciplina – um trabalho com operações matemáticas, por exemplo –, é preciso explorar todas essas formas de representação para ampliar a capacidade leitora e garantir que a criança ou jovem entenda ao máximo os recursos oferecidos, gerando sentido. 

Charges, tirinhas, cartuns e histórias em quadrinhos

Charge é um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar, por meio de uma caricatura, algum acontecimento atual com uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco.
Um cartoon, cartune ou cartum é um desenho humorístico acompanhado ou não de legenda, de caráter crítico retratando de forma sintetizada algo que envolve o dia-a-dia de uma sociedade.
A tirinha, também conhecida como tira diária, é uma sequência de imagens. O termo é atualmente mais usado para definir as tiras curtas publicadas em jornais, mas o termo foi designado para definir qualquer espécie de tira, não havendo limite máximo de quadros.
As Histórias em Quadrinhos como é conhecida no Brasil, e Comic Book, nos Estados Unidos,é o formato  usado para a publicação de histórias do gênero, desde séries românticas aos populares super-heróis.

Metáforas Visuais

As metáforas visuais são usadas pelos autores para transmitir situações da história por meio de imagens, sem utilização do texto verbal. Quando o personagem está nervoso, sai fumaça da cabeça dele. Quando alguém está correndo muito rápido, aparecem vários traços paralelos e uma nuvenzinha para demonstrar seu deslocamento. Cédulas e moedas indicam que a pessoa está pensando em dinheiro, assim como corações indicam amor. 
Incentive seus alunos a criar metáforas visuais. 
Autora:Juliana Carvalho-Professora e Redatora 
Fonte:educaçãopublica.rj

quinta-feira, janeiro 05, 2012

MAIS ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE AUTISMO


Foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo médico austríaco Leo Kanner, trabalhando no Johns Hopkins Hospital, em seu artigo Autistic disturbance of affective contact, na revista Nervous Child, vol. 2, p. 217-250. No mesmo ano, o também austríaco Hans Asperger descreveu, em sua tese de doutorado, a psicopatia autista da infância. Embora ambos fossem austríacos, devido à Segunda Guerra Mundial não se conheciam.
A palavra “autismo” foi criada por Eugene Bleuler, em 1911, para descrever um sintoma da esquizofrenia, que definiu como sendo uma “fuga da realidade”. Kanner e Asperger usaram a palavra para dar nome aos sintomas que observavam em seus pacientes.
O trabalho de Asperger só veio a se tornar conhecido nos anos 1970, quando a médica inglesa Lorna Wing traduziu seu trabalho para o inglês. Foi a partir daí que um tipo de autismo de alto desempenho passou a ser denominado síndrome de Asperger.
Sabe-se que o autismo está ligado a causas genéticas associadas a causas ambientais. Dentre possíveis causas ambientais, a contaminação por mercúrio presente em vacinas tem sido apontada como forte candidata, assim como problemas na gestação. Outros problemas como infecção por cândida, contaminação por alumínio e chumbo também devem ser considerados.
Apesar do grande número de pesquisas e investigações clínicas realizadas em diferentes áreas e abordagens de trabalho, não se pode dizer que o autismo é um transtorno claramente definido. Há correntes teóricas que apontam as alterações comportamentais nos primeiros anos de vida (normalmente até os 3 anos) como relevantes para definir o transtorno, mas hoje se tem fortes indicações de que o autismo seja um transtorno orgânico.
Entretanto, não se desconsidera o fato de que há de se cuidar dessas crianças o quanto antes, inserindo-as num tratamento que leve em consideração sua subjetividade, seus afetos e sentimentos, e não apenas o aspecto comportamental. Donald Winnicott , importante pediatra e psicanalista inglês, contribui com suas formulações, a partir da prática clínica, para interrogar se o autismo de fato existe enquanto quadro nosográfico.
Além dos conceitos psicanalíticos é muito importante que se avalie o individuo como um todo, e se trate diretamente das causas, que são os desequilíbrios metabólcos do organismo.
Definição
Autismo é uma desordem comportamental causada por mudanças súbitas em certas áreas do cérebro. Atualmente (2008), 1 em cada 150 crianças é diagnosticada com autismo nos Estados Unidos e o número é crescente. As causas biológicas exatas do autismo e das desordens do espectro autista são desconhecidas e são um grande desafio para a sociedade. Embora não haja uma malformação cerebral, estudos recentes têm observado mudanças bruscas em algumas áreas do cérebro de pacientes autistas, incluindo um aumento moderado, que parece acontecer durante o desenvolvimento do cérebro fetal ou na 1.ª infância. Fatores genéticos, ou a exposição do cérebro em desenvolvimento a alguma toxina ambiental ou infecção, pode ser a causa dessas anormalidades. O impacto cerebral pode piorar durante a vida, enquanto o indivíduo é continuamente exposto a tais fatores ambientais, ou dentre aqueles com incapacidade de quebrar e se livrar dessas toxinas.
No cérebro normal, essas áreas coletivamente conhecidas como o sistema límbico, estão envolvidas em atividades complexas como encontrar significado nas experiências sensoriais e perceptivas, no comportamento social, na emoção e na memória. O sistema límbico também está envolvido no controle de complexos movimentos habituais como, aprender a se vestir e se lavar, ou participar de atividades coletivas. A estrutura límbica, está envolvida em diversos processos desde a criatividade artística, ao aprendizado de uma habilidade, reconhecimento de estruturas faciais, a ligação emocional, a agressão e ao vício. Então, anormalidades nessa área cerebral, cortam ou proporcionam impressões destorcidas da realidade, levando a inabilidade de efetivamente se relacionar com o mundo a sua volta, provocando um isolamento social.
Pessoas com autismo podem ficar presas a um mundo de comportamentos ritualísticos, com variável incapacidade de interagir com as pessoas a sua volta. Uma pequena parcela mostra uma notável habilidade para executar algumas tarefas como tocar piano, executar cálculos matemáticos complexos, enquanto ao mesmo tempo não conseguem se alimentar sozinhos ou se vestir.
Os aspectos biológicos e comportamentais do autismo, remetem a desordens como a esquizofrenia, epilepsia e outras tantas raras condições neurológicas pediátricas.
Desordens da química cerebral, particularmente envolvendo os neurotransmissores dopamina e serotonina, que protagonizam um papel importante no movimento e funcionamento do sistema límbico, têm sido apontadas. Ligações entre anomalias genéticas responsáveis pelo desenvolvimento do cérebro estão sob investigação. Descobertas recentes sugerem anomalias no sistema digestivo, e estudos mostraram que os sintomas de alguns pacientes são agravados por determinados fatores dietéticos que resultam possivelmente das alterações de populações bacterianas no sistema digestivo.
Há ligações entre várias desordens inflamatórias, tais como artrite reumatóide e recentes evidências de processos inflamatórios em curso no cérebro. Isto sugere que as alterações no sistema imunitário ou em alguns fatores ambientais possam contribuir para o autismo também. Parece que estes compostos biológicos alteram direta ou indiretamente a função do cérebro em níveis variados. Entretanto, uma hipótese unificadora para essa desordem que considere todas essas observações ainda não foi encontrada. O autismo é claramente uma desordem do comportamento. Conseqüentemente, uma análise detalhada dessa desordem comportamental complexa, na condição humana e em modelos de experimentos animais, é absolutamente essencial.
Um número de compostos metabólicos resultados da digestão alimentar e também os compostos inflamatórios liberados pelo organismo, as citocinas, são conhecidos por ter efeitos profundos no desenvolvimento do cérebro, na função de sistema límbico e finalmente no comportamento.
Características do autismo
Nem todo autista é igual, existem autistas mais sociais que outros, outros são mais intelectuais, e assim por diante. Por isso dá-se o nome de Espectro Autista a estas diferentes manifestações do autismo: o autismo tem vários níveis, desde os mais graves (o autismo típico em que as pessoas geralmente pensam) até os casos mais sutis. Muitos autistas não são muito diferentes de pessoas tidas como “normais”: possuem hábitos consolidados, reagem com dificuldade a situações que os desagradam, possuem manias e preferências.
As características mais comuns do autismo são:
Dificuldade na interação social (como todo e qualquer indivíduo, por exemplo);
Dificuldade acentuada no uso de comportamentos não-verbais (contato visual, expressão facial, gestos);
Sociabilidade seletiva;
Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades:
Preocupação insistente com um ou mais padrões estereotipados (movimento circular, por exemplo);
Assumir de forma inflexível rotinas ou rituais (ter “manias” ou focalizar-se em um único assunto de interesse, por exemplo);
Maneirismos motores estereotipados (agitar ou torcer as mãos, por exemplo);
Preocupação insistente com partes de objetos, em vez do todo (fixação na roda de um carrinho ou na boca de alguém que fala, por exemplo);
Seguir uma vida rotineira e resistir mais do que uma pessoa comum resistiria quando ela é mudada;
Tendência a uma leitura concreta e imediatista do contexto, seja ele linguístico ou ambiental (“levar tudo ao pé da letra”).
Diagnóstico
Para que se tenha um bom prognóstico com relação ao tratamento é preciso que seja realizado um diagnóstico precoce. Um diagnóstico seguro pode ser realizado antes da criança completar dois anos de idade, desde que alguns aspectos clinicos não sejam desprezados. As crianças autistas normalmente tem historico de infecçõs e alto consumo de antibióticos nos primeiros anos de vida. As fezes podem ter aparencia mucosa, e de coloração variante, entre amarelo, esverdeado e avermelhado, e podem ter odor de mofo.Intensa flatulencia. Apresentam sinais caracteristicos de alergias, como olheras, olhos inchados, cilhos compridos. Embora se alimentem bem podem apresentar aspecto de subnutrição. Frequentemente apresentam abdome distendido, e inchado, com intensa movimentação visceral. Apresentam mau hálito. Podem apresentar regressões no desenvolvimento, após uso de vacinas. Mais de 60% das crianças autistas tem pais com histórico de atopia, incluindo asma e alergias de pele. Crianças normotipicas tendem a responder com o olhar quando chamadas pelo nome por volta de 2 anos de idade.
Exames
O diagnóstico do autismo é feito clinicamente, mas pode ser necessário a realização de exames auditivos com a finalidade de um diagnóstico diferencial.
Outros exames devem ser considerados não para diagnóstico, mas com a finalidade de se realizar um bom tratamento. São eles: Ácidos Organicos, Alergias alimentares, Metais no cabelo, Perfil ION, Imunodeficiencias entre outros.
Hélio Teixeira
Fonte:Comunicação Chapa Branca

quarta-feira, janeiro 04, 2012

SINTOMAS DO AUTISMO


SINTOMAS DO AUTISMO

O autismo é uma anomalia do desenvolvimento das funções do cérebro, que persiste durante toda a vida.

As pessoas com autismo clássico revelam problemas na comunicação verbal e não verbal. Por vezes, além de nem procurarem desenvolver a fala, apenas utilizam uma linguagem estereotipada, repetitiva e pouco habitual. Também não utilizam expressões faciais ou gestos para a comunicação e para o desenvolvimento de relações interpessoais. Não correspondem a demonstrações afetivas ou táteis, dos que as rodeiam, assim como não demonstram preferências pelos pais em relação a outros adultos. Têm, ainda, dificuldades em desenvolver amizades com outras crianças - problemas ao nível da socialização.
Devido à pouca imaginação e criatividade, uma criança autista tem atividades e interesses pouco habituais e muito limitados. Mantém relações extremas com os objectos que a rodeiam, podendo ter uma total falta de interesse ou uma preocupação de forma obcessiva para com eles. Também demonstra fascínio por objetos que mantenham movimentos repetitivos, como um ventilador elétrico. As atividades repetitivas de alcance limitado são também uma característica de um autista. Movimentos como o balançar, andar às voltas, dar palmadas ou movimentar circularmente. As crianças autistas que apresentam um nível de funcionamento mais avançado são capazes de repetir automaticamente qualquer anúncio comercial que vejam na televisão ou rituais complexos, como por exemplo, a hora do deitar.
A criança autista pode ter um problema sério e incapacitante de carácter permanente. Porém, com tratamento e treino apropriado, pode desenvolver certas capacidades que lhe permitam obter um maior grau de independência.

   Fonte: cienciaviva

segunda-feira, janeiro 02, 2012

BULLYING, CYBERBULLYING E ASSÉDIO MORAL



Existem algumas medidas práticas e jurídicas que podem ser tomadas, por qualquer pessoa, para a sua proteção ou de alguém do seu convívio.
Nos três casos, a pessoa que ofende busca humilhar o ofendido.
Se você é estudante e está sofrendo bullying busque a ajuda do seu professor, orientador pedagógico ou diretor e também comunique os seus pais ou responsáveis, explicando exatamente o que acontece e quem são os envolvidos.
A atitude jurídica mais efetiva a ser tomada, em caso de bullying, é Ata Notarial (prevista nos arts. 6º e 7º da Lei Federal 8935/94 e art. 236 da Constituição Federal), que é um relato feito em um Cartório de Notas, onde ofendido contará detalhadamente as agressões sofridas. 
Se o ofendido for menor de idade, seus pais, responsáveis legais ou tutores poderão fazê-lo, mediante o pagamento de uma taxa cujo valor é de R$ 280,00. 
Dependendo do caso, um tabelião poderá ser enviado ao local dos fatos, para observar e elaborar um parecer e, assim sendo, o valor poderá aumentar.]
Ata Notarial é uma forma de produzir uma prova antecipada, para que a pessoa prejudicada possa entrar com a ação na justiça e também pode e deve ser usada em casos de cyberbullying
O computador do ofendido será periciado, as páginas, redes sociais, comunidades, blogs e e-mails serão registrados por um perito autorizado.
É importante que a vítima do cyberbullyng arquive as páginas e os endereços eletrônicos. A melhor forma de prevenção contra os crimes virtuais ainda é a conduta, ou seja, a forma como a pessoa se comporta na rede, pois nada impede que “aquele estranho” com quem você teve “aquela conversa” e enviou “aquela foto” ou teve “aquele bate-papo” com a câmera de vídeo ligada use seus posts, dados, fotos e vídeos com um perfil falso. Cuidado!
Entretanto, se você já foi pego em uma dessas situações, perca a vergonha e denuncie.Para o seu bem e para que não existam novas vítimas.
No caso de assédio moral no trabalho, primeiramente, tenha uma boa conduta, reporte aos seus superiores e, se receber e-mails constrangedores, arquive-os.
É importante ter testemunhas, mas, na maioria dos casos, é difícil conseguir que alguém deponha em juízo. A alternativa final é a despedida indireta(prevista no artigo 483), da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT), que deve ser feita através de uma denúncia no órgão da Justiça do Trabalho o mais rápido possível, isto é, logo depois que ocorreu a violação dos seus direitos como trabalhador e ser humano.
Imagem: www.blogclaudioandrade.blogspot.com