Irmã Benedita é mãe de oito filhos e Dr. Joaquim, é o primogênito. Aceitou Jesus lá pelo ano de 1960, quando ele tinha seis anos. Quando o pai abandonou o lar, Irmã Benedita enfrentou a bacia de lavar roupa para os outros - naquela época imagino que ainda não havia tanque. Joaquim, sendo o mais velho, foi para Brasília trabalhar e ajudar no sustento dos outros sete irmãos.
Paulo, o Apóstolo dos gentios, escreveu, na Primeira Carta aos Coríntios, este texto magnífico:
"Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes. E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são."
O papel da mãe, Irmã Benedita Gomes da Silva, foi fundamental. Foi o Senhor Jesus que ensinou aos discípulos o grande segredo da a oração persistente: o dever de orar sempre e não desfalecer.
Tenho certeza, que por muitas vezes o nome do moço Joaquim, longe de casa, trabalhando e estudando lá em Brasília, foi lembrado e apresentado no Círculo de Oração de senhoras em Paracatu, frequentado por Irmã Benedita.
Foi Deus, com sua boa mão, que prosperou a vida do adolescente Joaquim Barbosa e cuidou para que ele fosse conduzido por caminhos de paz. Do restante Joaquim correu atrás. Correu atrás do conhecimento até os últimos degraus. Do primário à UnB ele sempre estudou em Escola Pública. Fez dois doutorados na França. Fala fluentemente cinco idiomas, além do Português. Hoje ele é Presidente do Supremo Tribunal Federal, mas nos tempos de adolescente ele também foi faxineiro.
Mas aí eu paro, e faço esta pergunta para mim mesmo: Por trás das pessoas envolvidas nestas coisas ruins, havia uma mãe que tinha o hábito de orar, um filho que lia a Bíblia e um Deus como referência central da família? O que estou dizendo, não é o exemplo exato da noção de fundamentalismo cristão - tão criticado? Talvez seja criticado, porque funciona.
Quando o Ministro Barbosa foi escolhido para relatar a Ação Penal 470, sendo ele negro e tendo em sua história um passado de pobreza, preconceito e privação, eu não vejo de outra forma, senão o falar de Deus a nossa nação. Por que justo a Joaquim foi dado a responsabilidade de relatar o mensalão? E por que ele tem se mostrado tão atrevido, com um comportamento tão criticado entre seus pares e por causa da língua tão ferina e sem papas? Para mim isto pode não ser só coincidência. As orações da mãe produziram na vida do filho uma resposta muito maior do que ela sequer poderia imaginar. E este é o padrão de resposta divina à oração persistente. E por persistente, aqui, não me estou referindo a rezar um rosário, mas a dialogar com Deus com palavras sinceras e não decoradas.
"Mas, como está escrito:
As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,
E não subiram ao coração do homem,
São as que Deus preparou para os que o amam.
Para minha irmã assembleiana, de trajes crentes e pituca grisalha, este é meu versículo deixado para sua meditação. Como também aproveito a oportunidade para agradecer a Deus pela vida da senhora, do seu filho Joaquim Barbosa e por que se lembrou da falta de referência e esperança na justiça de nosso povo mais simples, que "quase" já tinha desanimado e se acostumado aos julgamentos de faz de contas dos grandes corruptos da sociedade brasileira.
João Cruzoé
João Cruzoé
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