Povos Indigenas de Santa Catarina
Quandos os primeiros colonizadores chegaram em Santa Catarina, esta terra já era habitada por povos de diversas tribos indigenas, homens que habitavam nossas matas e florestas, e que a exemplo das demais regiões do país tiveram suas terras usurpadas, sendo tratados como animais pelo branco que aqui chegou e tomou posse de suas terras.
Destacamos cinco principais Etnias que ocupavam o Estado e que de certa forma através de seus remanescentes habitam mesmo que de forma reduzida até hoje.
Os kaigang que habitavm do extremo oeste até a região serrana avançando por parte do planalto norte e vale do itajai. Os Xokleng, da região do Vale do Itajaí, onde predominavam as florestas de Mata Atlântica. O povo Carijó (tupi-Guarani) que dispunham-se em Norte a Sul do Estado por toda nossa costa e litoral. Os Guarani na região que vai do meio oeste ao extremo e os Sambaquieiros ou indios do Litoral.
Destas castas descendem os mais belos contos, hábitos e costumes que após serem mesclados com os hábitos de vida trazidos pelas mais de 53 etnias de Imigrantes que chegaram ao estado formam a base peculiar do povo Catarinense.
Porém como no Brasil inteiro nossos índios hoje vivem em completo estado de abandono, situando-se em pequenos redutos nas regiões que outrora caçavam, pescavam, plantavam e realizavam o extrativismo de subsistência. Esse foi um breve relato com a finalidade de informar que antes de tudo aqui existiam povos, que forjaram o atual perfil do homem catarinense.
Fonte: Blog Raízes Nativas
ÍNDIOS GUARANI
Escola indígena guaraní Yÿ morotî vera (Água branca e brilhante) em São Miguel
Por Milton Moreira Wherá Mirim
Cacique da aldeia dos índios guarani Mbyá de São Miguel,
Cacique da aldeia dos índios guarani Mbyá de São Miguel,
Biguaçu, Santa Catarina (Brasil)
Na Ilha de Santa Catarina, tinha uma aldeia que
se chamava Tekoa Guassú-Há-Há-Kupé.
Essa aldeia era muito respeitada, porque só
moravam caciques, curandeiros, conselheiros,
líderes de instrumentos musicais, e até os
líderes de caçadores. Desta maneira nas
outras aldeias tinham somente os segundos líderes.
Tinham as aldeias chamadas de Itakuruii, Pira’júmboaié
e Mossamby, que ficava numa ilhazinha onde
localizava-se o cemitério dos índios. Esses índios
eram das tribos Chiripás e Phaím. Essas duas tribos
eram de peles claras, por esse motivo passaram a
ser chamadas de Guarani-Karijós pela sociedade branca,
porque não sabiam a definição certa.
Mais ou menos por volta de 1.767 índios e 3.600 mulheres
e crianças habitavam a Ilha de Santa Catarina.
Nesta época ainda não tinham muito contato com
homens brancos. Ao passar do tempo a infiltração
do homem branco foi tanta que surgiram doenças
como tuberculose, bronquite e outras.
Essas doenças foram que acabaram com
maior parte dos índios Guarani-Karijó.
Os índios que restaram ainda sofreram pela segunda
vezcom os conquistadores da Ilha de Santa Catarina,
que começaram as matanças dos Guarani-Karijó.
Desses índios sobraram apenas sete casais, que
tiveram que fugir para o sul da ilha. Escolheram a
ponta sul da Ilha porque ficava mais próxima
do continente. A travessia aconteceu da ponta
da Ilha até a praia da Pinheira. Mas esses casais
de índios não queriam ficar na beira da praia por
motivo de poderem ser massacrados de novo,
então tomaram rumo norte até depararem-se
com o Morro dos Cavalos. Ficaram ali até surgir
a 1ª Guerra Mundial, que foi por volta de 1914.
A partir daí tomaram rumo oeste, próximo a
Santo Amaro da Imperatriz. Lá acharam um lugar
chamado até hoje de Rio do Bugre.
Foi somente a partir de 1942 que os índios
foram aparecendo pouco a pouco na região
de Palhoça junto com os colonizadores.
Desses índios Guarani, já filhos destes
índios Guarani-Karijó, que vieram a ser nossos pais,
restam só nós atualmente.
A partir de 1978 começamos a procurar um lugar
para ficar, até que encontramos um lugar aqui no
bairro São Miguel, município de Biguaçu.
Estamos neste lugar desde 12 de outubro de 1987.
Nós somos os últimos dos índios Guarani-Karijó
que ainda falamos o nosso idioma nato.
Por este motivo, queremos parabenizar o
nosso lugar e também a toda a comunidade
de São Miguel, Biguaçu e Florianópolis.
Pedimos para os nossos governantes que olhem
mais para nós, que ajudem mais a minha comunidade
em termos de alimentos, para que um dia possamos
ajudar o Brasil.
Agradecemos em nome da comunidade indígena
pela compreensão e pela honra que nos deu.
Esta é a transcrição ipsis litteris do texto
manuscrito do cacique Milton Moreira WHERÁ MIRIM.
CURIOSIDADES:
MUNICÍPIO SIGNIFICADO
Ipira água com peixe
Piratuba muito peixe
Urubici pássaro liso, lustroso
Imbituba muito capim
Campoerê campo de pulga
Ibirama terra pátria
Itapema pedra chata
Xanxerê campo de cascavel
Botuverá montanhas brilhantes
Ibicaré chão torto
Ibiam terra alta
eu adorei muito pelas histórias e imagens isso possibolita muito mo nosso aprendizado.
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