quarta-feira, novembro 12, 2014

NIETZSCH PARA ESTRESSADOS DE ALLAN PERCY - PARTE 90 E 91


90 – Nossa vida nos parece muito mais bonita quando deixamos de compará-la com as dos outros

O fato de nos compararmos com os outros não deixa de ser uma desculpa para deixarmos de lado a difícil tarefa de construir nossa própria vida.
Enquanto olhamos para o lado, observando o que fulano e beltrano estão fazendo, comparamos nossa vida à dos outros e nos lamentamos pelo que não temos. No entanto, cada um de nós está imerso em seu caminho e o caminho percorrido pelos demais tem pouco valor para nós.
No romance Sidarta, Hermann Hesse narra o encontro do protagonista com Buda, a quem critica por pretender conduzir as pessoas por meio de sua doutrina em direção a etapas do desenvolvimento pessoal que só podem ser alcançadas com esforço próprio.
Não duvidei nem por um momento de que o senhor seja Buda e que tenha alcançado a meta suprema a que aspiram tantos milhares de brâmanes. A libertação da morte, resultado de uma busca que levou a cabo em seu caminho, o senhor alcançou com o pensamento, a meditação, o conhecimento e a iluminação.
Não com o uso de uma doutrina! Na minha opinião, ó Sublime, ninguém chega à libertação por meio de uma doutrina. A ninguém, ó Venerável, o senhor poderá comunicar com palavras e mediante uma doutrina o que lhe ocorreu no exato instante de sua iluminação.

91 – As pessoas se esquecem de seus erros depois de confessá-los ao outro, mas o outro normalmente não se esquece

Nietzsche afirmava que “são poucos os que não revelam os segredos mais importantes de um amigo”.
Em outras palavras, somos donos do que calamos e escravos do que dizemos. Por isso mesmo devemos tomar cuidado com o que contamos e a quem contamos, pois uma informação que para nós já não é relevante poderá ressurgir no momento menos oportuno.
É preciso ter cuidado especial com as pessoas que assumem o papel de interrogadoras para roubar nossa energia, segundo a teoria do escritor James Redfield:
Quem interroga analisa o mundo do outro com a intenção específica de encontrar algo censurável. Quando encontra, critica esse aspecto da vida do outro. (...) Depois, este se sente inibido e intimidado, e presta atenção no que o interrogador faz e pensa, tentando não fazer nada de errado que possa ser notado. Essa deferência psíquica fornece ao interrogador a energia que ele tanto deseja.

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