sexta-feira, setembro 26, 2014

NIETZSCH PARA ESTRESSADOS DE ALLAN PERCY - PARTE 42 E 43


42 – Eis a tarefa mais difícil: fechar a mão aberta do amor e ser modesto como doador

O Filósofo Jiddu Krishnamurti discorre da seguinte maneira sobre o que significa amar:
Liberdade e amor andam juntos. Amor não é reação. Se eu o amo porque você me ama, trata-se de mero comércio, algo que pode ser comprado no mercado. Amar é não pedir nada em troca, é nem mesmo sentir que se está oferecendo algo. Somente um amor assim pode conhecer a liberdade. (...) Quando vemos uma pedra pontiaguda em um caminho frequentado por pedestres descalços, nós a retiramos não porque nos pedem, mas porque nos preocupamos com os outros, não importa quem sejam. Plantar uma árvore e cuidar dela, olhar o rio e desfrutar a plenitude da terra... para tudo isso é preciso liberdade – e, para ser livre, é preciso amar.
Essa liberdade é o que permite a duas pessoas amarem-se sem imposição. Também está por trás do amor universal: uma atitude generosa do indivíduo com o mundo; dar pelo simples prazer de fazê-lo, sem esperar nada em troca, nem sequer reconhecimento.

43 – A arrogância por parte de quem tem mérito nos parece mais ofensiva que a arrogância de quem não o tem: o próprio mérito é ofensivo

Com este aforismo, Nietzsche faz referência ao perigo da comparação, com a qual sempre perdemos. A comparação e a inveja que a acompanha refletem uma admiração mal administrada, que, em vez de ajudar na superação pessoal, acaba agindo como um obstáculo à nossa capacidade.
Esse sentimento, definido como “desgosto pela alegria alheia”, faz com que o invejoso tenha dificuldade de se relacionar de forma positiva com o que o cerca, já que as pessoas que ele inveja costumam ser muito próximas.
Para combater a inveja, os psicólogos recomendam que deixemos de encarar a prosperidade alheia como algo que nos deprecia. O sucesso de um companheiro de trabalho não significa nosso fracasso. Ao contrário, nos mostra o caminho que devemos percorrer. Quando substituímos a inveja pelo desafio, os méritos e as qualidades dos outros se transformam em um convite para nossa superação.
A melhor comparação é a que fazemos com nós mesmos. De onde estamos, podemos aspirar à conquista do lugar que gostaríamos de ocupar.

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