terça-feira, fevereiro 11, 2014

PROPOSTA - PARTE 11 E 12 - DE ALLAN PERCY,DO LIVRO: OSCAR WILDE PARA OS INQUIETOS

11 – Um sonhador é aquele que só ao luar descobre seu caminho e que, como punição, vê o dia amanhecer antes do resto do mundo.

TODA PESSOA QUE TEM GRANDES PLANOS em algum momento se vê percorrendo caminhos que os outros temem ou até mesmo desconhecem. Ela troca a tranquilidade de estar em um grupo pela possibilidade de cruzar o deserto que a separa de seu sonho. Depois retorna com os frutos colhidos na aventura.
Foi esse o caso de Oscar Wilde, provocador nato e sonhador irredutível, apesar do cinismo com que contemplava a sociedade.
O sociólogo italiano Francesco Alberoni assim qualifica essa espécie ameaçada de extinção:
O sonhador incansável é um inventor de projetos, alguém que faz planos e contagia os outros com seus sonhos. Não é um cego, nem um inconsequente. Sabe que existem dificuldades e obstáculos às vezes incontornáveis. Tem noção de que, a cada 10 tentativas, nove dão errado. Mas não se deprime. É um criador de possibilidades.
Esta é uma palavra mágica: POSSIBILIDADES. Quanto tempo faz que você não presta atenção aos muitos caminhos que se abrem à sua frente?


12 – Dinheiro é como adubo: só serve quando espalhado.
Muitas crises econômicas são resultado, entre outros fatores, da falta de circulação de uma coisa que perde seu valor quando fica parada: o dinheiro.
O economista Joan Antoni Melé ressalta que o dinheiro mal utilizado favorece o medo, a cobiça e a ânsia de poder sobre os outros. Em seu livro Dinero y conciencia , Melé lembra que há pessoas ricas que não sabem o que fazer com sua fortuna, enquanto muita gente que tem ideias e projetos deixa de realizá-los por falta de recursos.
É como se a vida distribuísse as capacidades entre os seres humanos de maneira diferente, para nos obrigar a trabalhar em equipe: uns trazem dinheiro e outros, ideias.
Não que seja absolutamente impossível sobreviver sem dinheiro. Em 1996, para provar que conseguiria essa façanha, Heidemarie Schwermer doou seus móveis, deixou a própria casa e cancelou o seguro de saúde. Passou a se alojar em apartamentos emprestados por pessoas que estavam viajando. Para se sustentar, voltou ao mais antigo sistema econômico: a troca. Um ano depois, constatou que sua maneira de se relacionar com os outros tinha se tornado mais enriquecedora. Seu lema: “Não ter nada e ser muito.”

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